foto de homem cadeirante negro e mulher albina

Será que todas as pessoas que têm dito que são aliadas da diversidade, e se posicionado em prol da causa, realmente no seu dia a dia e na sua vida cotidiana, estão ligados, retidos, obrigados no sentido de defender a diversidade e a inclusão nos mais variados contextos de suas vidas?

Um exemplo disso é essa história aqui:

Em um evento de mulheres em um grande auditório as convidadas palestrantes chegavam e eram direcionadas ao palco onde se apresentariam. Até que chegou uma mulher que estava em cadeira de rodas, e o palco não era acessível. 

Ela não tinha como subir para estar junto às outras para falar. Algumas chamaram o segurança e pediram ajuda para colocá-la no palco, até que uma delas vendo a situação se posicionou: 

– Se ela não tiver acesso nós também não subiremos. Essa mulher se mostrou aliada e saiu de seu lugar de privilégio para estar ao lado de outra que não tinha acesso. Consegue entender? Com isso, ela puxou todas as mulheres e ninguém subiu ao palco. Ficou claro que, sem acessibilidade, nada feito.

E você? Se considera um aliado da causa? Para além de posicionamentos contundentes em falas, palestras e ou nas redes sociais à procura de likes, quando foi a última vez que você notou uma situação de injustiça com uma pessoa negra, uma mulher, uma pessoa com deficiência, uma pessoa homossexual, bissexual, transgênero (travesti ou transexual) e se posicionou, chamando a responsabilidade para si?

Você abriu mão inclusive do seu privilégio social, em uma estrutura de sociedade na qual tanto temos falado do privilégio branco, cis-heteronormativo, para lutar por meio de ações pela igualdade de direito de alguém?

Se você não lembra quando foi a última vez que fez isso, fica aqui o convite para que você se revisite, reavalie seus gestos e comportamentos, repense em que medida você é de fato aliado da diversidade de forma profunda e comprometida. 

Precisamos de você nessa causa!

Por Ciça Cordeiro, consultora em DE&I e Acessibilidade na Talento Incluir

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